E-commerce Connect, o primeiro grande evento em Portugal dedicado ao e-commerce, realizou-se no passado dia 24 de janeiro, no Hotel Tryp Aeroporto, onde apresentou as mais inovadoras soluções e serviços de e-commerce a operar no mercado português.
No mesmo espaço, estiveram representadas desde startups a empresas com presença global, com lojas online, serviços e soluções tecnológicas inovadoras.
Foi uma excelente oportunidade para ficarmos a conhecer novos conceitos bem como as tendências e soluções do futuro nas mais diversas áreas ligadas ao e-commerce, desde a logística à publicidade, pagamentos, construção de websites, design, usabilidade e customer experience.
Destacamos a sessão de Alexandre Nilo da Fonseca, Presidente da ACEPI – Associação da Economia Digital, que apresentou dados sobre o panorama português na economia digital, onde claramente existe uma oportunidade para crescimento.
“Conteúdo, comércio, comunidade, contexto, personalização e pesquisa vertical” foram as palavras mais ouvidas e que devem estar no topo da agenda de todos os empresários e empreendedores do setor.
Segundo os dados apresentados, atualmente quase dois terços das empresas portuguesas ainda não têm presença online (site, presença nas redes sociais ou presença num mercado digital), sendo as microempresas as que apresentam os resultados mais baixos: apenas 32% têm algum tipo de presença online.
Na sua intervenção, o presidente da ACEPI teve ainda a oportunidade de anunciar uma parceria entre a organização e a Confederação do Comércio de Portugal, para digitalizar 50 mil empresas nos próximos dois anos, com o objetivo de disponibilizar a estas empresas um site, um domínio .PT e uma presença nas redes sociais.
Relativamente a dados fornecidos sobre a população portuguesa, apesar da percentagem de utilizadores de internet ser ainda diferente da média europeia, este valor tem estado a crescer de forma significativa. Segundo estudos da ACEPI, em 2009 o valor era de 48% mas estima-se que em 2025, essa percentagem suba para os 91%.
Obviamente que esse crescimento se reflete nas compras efetuadas online: 36% dos portugueses já o fazem e, em 2017 o valor gasto atinge os 4,6 mil milhões de euros. Em 2025, estima-se que o valor duplique e atinja os 8,9 mil milhões de euros.
Atualmente, mais de metade das compras realizadas online pelos portugueses, são feitas fora de Portugal: 56% na China, 40% no Reino Unido, 36% em Espanha, 28% noutros países europeus e 25% nos EUA.
Os canais preferidos dos consumidores portugueses para as compras online internacionais são o eBay, a Amazon e o AliExpress e as categorias de produtos mais compradas são: vestuário, dispositivos móveis e acessórios, equipamento informático, livros e artigos para o lar. Entre os segmentos mais populares nos serviços, temos: os jogos digitais, as aplicações móveis, o software e a música digital.

Se considerarmos que já em 2020 temos uma previsão de 50% de utilizadores da internet como compradores, existe claramente uma oportunidade para os empresários portugueses aproveitarem o potencial da revolução digital para o crescimento e expansão dos seus negócios.

Os desafios estão identificados: “(…)novas audiências e fontes de receita; novos modelos de negócio; desenvolvimento de produtos e serviços centrados nos clientes; CRM; estratégia opticanal; eficiência operacional; novas competências de recursos humanos e talentos, bem como considerar novos canais de distribuição”.

É determinante agora, a capacidade de refletir sobre o seu negócio, conhecer profundamente o consumidor e as suas necessidades, reinventar novos modelos, com diferentes abordagens ao mercado e às lojas físicas (ex: showrooms), apostar no online, nas redes sociais e no móvel.

Lina Figueira

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